O professor Manoel mota lançou, em formato e-book, pela editora FAMPER seu trabalho de mestrado mostrando como as pessoas vivem e interagem com o parque.
Para realizar sua pesquisa ele utilizou como exemplo concreto o Parque da cidade de Francisco Beltrão/PR e comparou o uso que as pessoas fazem do parque com uma obra de arte do artista Georges Eurat chamada Tarde de Domingo na Ilha da Grande Jatte de 1884/1886.
Conforme ele explica, o trajeto percorrido para a o desenvolvimento da pesquisa e composição do estar-junto na vida cotidiana no Parque buscou evidenciar as táticas e astúcias surgidas nas interações dos sujeitos.
Nos finais de semana impera uma atmosfera de exceção à rotina com atividades de esportes e práticas desenvolvidas predominantemente, nesses dias. Observar o consumo, a busca pelo prazer, as conversas na grama, a observação dos outros frequentadores, a presença e uso compartilhado do local sem objetivos estabelecidos, sem a tentativa de atingir um resultado futuro, característica que indicava um engajamento sensível pela maioria dos sujeitos no Parque.
É a emoção que liga os sujeitos e faz com que desenvolvam novas práticas, compartilhem novos lugares e interajam com outros sujeitos.
Nessas características ele apresenta o cotidiano dos sujeitos no Parque com sua vitalidade, sua singularidade, bem como as conexões entre as práticas que compõem a característica desse não lugar. Um processo que atualiza sobre novas questões como: qual a relação entre as invenções cotidianas percebidas no Parque e os processos educativos estabelecidos na educação formal? Qual a influência e efeitos das aprendizagens estabelecidas no Parque sobre as relações concebidas pelos sujeitos no âmbito familiar e escolar? Como os elementos construídos, apreendidos e incorporados pelas interações no Parque, apresentam-se em outros âmbitos da vida social dos sujeitos?