O que foi pensado como sete fascículos de «escavações» pessoais, como gosta de definir a autora, transforma-se aqui em um tomo vigoroso, de contos e novelas, que se integram pela ideia de que o tempo, invisível, vai se desdobrando em vida nas mais diferentes circunstâncias para formar um sentido único, particular, belo. Trata-se de um caderno de intimidades trazidas à luz por uma linguagem cotidiana, mas reflexiva, e por fotografias de um álbum solto, mas muito rico de significados. O que, ao final, nos dá conta de uma insólita dispersão no mundo, mas também das corajosas formas que Bettina sempre inventa para se reerguer.