Em «Não há Vidas Grátis», António Pinto Leite abre as portas da sua vida. Este livro não pretende ser uma autobiografia típica, mas um passeio livre e íntimo no tempo de uma vida muito cheia, rica e plurifacetada. No prefácio, Marcelo Rebelo de Sousa refere que «A vida de António Pinto Leite é feita de várias e riquíssimas vidas. E, entre essas peças de uma mesma tocante personalidade, existe uma lógica de conjunto, rara de encontrar». Família, fé, advocacia e política, são as «quatro vidas» que Marcelo Rebelo de Sousa identifica no prefácio, realçando que foram sempre vividas «com predicados invulgares, em si próprios e na sua soma». Seguindo a advocacia, sacrifica a política, «aquela para a qual os seus predicados eram e são ilimitados», diz ainda o prefaciador Marcelo Rebelo de Sousa. Reconhecendo que teve uma vida muito intensa, o autor questiona o preço de um self-made man e workaholic, reflete sobre a aflição de um pai ausente, confronta-se com as cartas tristes do grande amor da sua vida, em suma, faz contas de como não há vidas grátis. E, expondo a sua intimidade, descreve o seu deserto agnóstico, a reconversão e a interferência de Deus na sua vida, terminando o livro com um diálogo de amor com a morte, em busca de uma estratégia para a eternidade.