O envelhecimento é um processo inerente a todas as sociedades. Com ele, podemos observar mudanças no ser que o vivencia e no ambiente que o envolve, sendo assim um importante marcador social. Conseguimos entender que estamos envelhecendo quando dificuldades começam a aparecer nos momentos que, antes, eram triviais de nossas vidas, como nas nossas atividades diárias e com a chegada da aposentadoria.
A aposentadoria é um marco pessoal e profissional, pois evidencia o quão grande é ter conquistado a possibilidade de ser velho (nunca se viveu tanto como nos dias de hoje), mas também é um marco social, no qual mudanças em rotinas construídas e consolidadas por anos acontecem de forma repentina. Retirar o velho de seu ambiente de trabalho, por muitas vezes, também destrói relações sociais surgidas ali, podendo levar a questões sérias, como o isolamento e a solidão, dramas sofridos principalmente e não coincidentemente pelos idosos.
Mas o que podemos fazer para, ao menos, tentar solucionar esses problemas? Muitos estudiosos apontam o exercício físico como uma ferramenta eficaz para o combate contra a solidão na população mais velha. Mas de que forma o fenômeno do exercício físico atua na solidão, visto que esse é um processo multifatorial e complexo até para quem, infelizmente, o tem como sua realidade? Para responder a essa pergunta, recorremos aos próprios idosos, que nos forneceram informações inspiradoras e emocionantes, as quais deram sentido e fundamento a nossa intervenção!